Os investigadores estão, desde o início do mês de abril, analisando um caso de tentativa de homicídio através de envenenamento.
A vítima, na véspera de Sexta-Feira Santa, recebeu um pão de mel que continha carbofurano, que é um inseticida altamente tóxico e é usado em agrotóxicos, e acabou ingerindo o alimento.
Após isto, passou mal e precisou ser socorrido e encaminhado ao Hospital, onde ficou por alguns dias internado em leito de UTI.
Conforme o delegado, a vítima teria tido uma relação extraconjugal com a esposa do detido, no fim do ano de 2019 e começo de 2020 e, após isto, começou a ser alvo de ameaças e, posteriormente, a tentativa de homicídio.
Toda a entrega do pão de mel foi rastreada pelos investigadores, que identificaram o momento que o alimento chegou à residência da vítima, através de um motoboy.
Pelo baú da moto utilizada na entrega foi localizada a empresa de moto-frete e também o motoboy, que repassou a encomenda. Nesta empresa, também através de câmeras, foi descoberto que o frete foi solicitado por um terceiro indivíduo, que seria um ambulante da cidade.
Em seguimento às buscas, os investigadores da DH encontraram este ambulante e perceberam que o carro do principal acusado, através de outras câmeras, esteve no endereço e teria repassado o pão de mel envenenado, pagando para que aquele homem realizasse a solicitação de frete.
Com isto, todos os pontos foram ligados, e através do rastreamento de outras cartas e mensagens de ameaça, os investigadores da DH chegaram até o principal suspeito.
Na 15ª SDP, o acusado, ao ser ouvido pela Delegacia de Homicídios, confessou a prática do crime e relatou sabia que o veneno era utilizado para matar rato e tinha o produto na residência.
Conforme Valim, o acusado teria praticado o crime pois tinha uma mágoa antiga contra o homem e queria fazer ele sofrer pela situação vivenciada anteriormente.
O acusado responderá por uma dupla tentativa de homicídio, pois, além do homem que comeu o pão de mel, o acusado poderia ter matado a esposa da vítima.
A Delegacia de Homicídios também afirmou que a mulher, esposa da vítima, não teria nenhuma relação com o crime e, por sorte, também não teria ingerido o alimento.
Após perceber que o marido teria passado mal, ela também teria encaminhado a vítima ao hospital, fato que foi crucial para o quadro fosse revertido.
O delegado também destacou que o homem preso não esboçou reação e, a princípio, já tinha na cabeça que seria preso pelo crime.
Fonte: CGN