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Registros ativos de arma de fogo por pessoas físicas crescem 129% no Paraná, indica levantamento

Em 2018 o estado contava com 33.061 registros ativos, em 2022, foram 75.908. Levantamento indica também que Paraná apresenta falta de transparência dos dados públicos sobre armas.

O número de registros ativos de armas de fogo por pessoas físicas cresceu 129% no Paraná, entre 2018 e 2022, segundo um levantamento do Instituto Igarapé.

Os dados foram reunidos pela instituição por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI) e mostram que em 2018 o estado contava com 33.061 registros ativos. Em 2022, foram 75.908.

Com o crescimento expressivo, o Paraná ficou em 5º lugar no ranking, quando comparado com outras unidades da federação. Confira, abaixo, a quantidade de registros ativos de armas de fogo por pessoas físicas por estado no Brasil.

 

  1. Rio Grande do Sul: 136.325
  2. Minas Gerais: 120.688
  3. São Paulo: 106.204
  4. Santa Catarina: 89.716
  5. Paraná: 75.908
  6. Mato Grosso: 52.573
  7. Rio de Janeiro: 45.398
  8. Goiás: 44.561
  9. Espírito Santo: 38.507
  10. Rondônia: 27.853
  11. Pará: 27.358
  12. Pernambuco: 26.136
  13. Bahia: 25.030
  14. Distrito Federal: 23.566
  15. Mato Grosso do Sul: 21.220
  16. Maranhão: 14.701
  17. Rio Grande do Norte: 14.631
  18. Acre: 12.631
  19. Ceará: 12.022
  20. Paraíba: 11.094
  21. Alagoas: 10.342
  22. Tocantins: 9.581
  23. Piauí: 8.367
  24. Sergipe: 7.932
  25. Amazonas: 5.306
  26. Roraima: 5.140
  27. Amapá: 3.362

Ao mesmo tempo, o levantamento indicou que o estado apresenta uma falta de transparência dos dados públicos sobre armas. Na comparação, o Paraná ficou em 17º lugar entre 27 estados.

Ranking de transparência de dados sobre armas no Brasil

ESTADO NÍVEL
1º Minas Gerais MÉDIO
2º Mato Grosso do Sul MÉDIO
3º Rio Grande do Sul MÉDIO
4º Pará MÉDIO
5º Santa Catarina MÉDIO
6º Tocantins MÉDIO
7º Goiás BAIXO
8º Distrito Federal BAIXO
9º Rio Grande do Norte BAIXO
10º Ceará BAIXO
11º São Paulo BAIXO
12º Amapá BAIXO
13º Paraíba BAIXO
14º Pernambuco BAIXO
15º Alagoas MUITO BAIXO
16º Maranhão MUITO BAIXO
17º Paraná MUITO BAIXO
18º Acre MUITO BAIXO
19º Espírito Santo MUITO BAIXO
20º Rondônia MUITO BAIXO
21º Mato Grosso MUITO BAIXO
22º Bahia OPACO
23º Roraima OPACO
24º Rio de Janeiro OPACO
25º Amazonas OPACO
26º Piauí OPACO
27º Sergipe OPACO

 

Para a pesquisa, o Instituto Igarapé enviou uma série de perguntas, por meio da LAI, direcionadas a três órgãos de cada estado: Polícia Militar, Polícia Civil e Departamento de Polícia Técnico-Científica, responsáveis por responder e investigar ocorrências envolvendo armas de fogo, efetuar apreensões e investigar a origem das armas.

As questões tinham relação com a quantidade de ocorrências envolvendo armas de fogo, o número e apreensões e a origem delas.

 

Conforme o levantamento, o Paraná não respondeu a maioria das perguntas, sob o argumentos de "segurança".

A nível nacional, o levantamento indicou que 74% das perguntas não foram respondidas ou tiveram respostas negadas sob alegação de sigilo.

Francisco Monteiro Rocha Junior, professore de Direito Penal na Universidade Federal do Paraná (UFPR), a ausência de resposta aponta para o risco de distorções nas políticas de armas e de segurança pública.

 

"Os dados são fundamentais para a gente ter um mapeamento, para a gente entender onde as armas estão sendo apreendidas, em que lugares, em que municípios, dentro dos municípios em que bairro. Há uma relação entre essas armas? Nós também podemos e devemos exigir das polícias, para que as políticas sejam as mais coerentes possíveis, as mais otimizadas possíveis", afirma o professor.

 

 

Na análise proposta pelo instituto, o Paraná ficou em um nível considerado "muito baixo", em uma classificação que propõe "opaco", "muito baixo", "baixo", "médio", "bom" e "alto".

A performance registrada em 2022 foi pior do que a de 2021, uma vez que o estado caiu quatro pontos no índice de transparência elaborado pelos pesquisadores.

Melina Risso, diretora de pesquisa do Instituto Igarapé, considera que, além da falta de transparência, os resultados revelam um panorama de descontrole.

 

"Muitas vezes as instituições policiais não entenderam o seu papel e não estão fazendo o mecanismo de controle. O segundo ponto, quando se declara o sigilo, é a opacidade dessas informações, isso impede tanto que a sociedade civil, academia, e mesmo imprensa, entenda o que está acontecendo em relação a essas informações", explica.

A Polícia Militar do Paraná alegou que algumas questões seriam atribuídas a mais de um departamento dentro da corporação, o que os impediria de respondê-las. A Polícia Civil do estado afirmou que as informações eram sensíveis e que, por isso, não daria as respostas.

A Polícia Científica deixou as respostas em aberto porque elas "não seriam de competência de determinados departamentos".

Por meio de nota, a Secretaria de Estado da Segurança Pública do Paraná (SESP-PR) afirmou que não divulga as informações por questões de segurança.

G1PR

 
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