Suelen Rodrigues, morta na frente dos filhos nesta segunda-feira (31) em Curitiba, tinha medida protetiva contra o ex-marido, o advogado criminalista e ex-policial civil Jaminus Quedaros de Aquino.
O homem é o principal suspeito do crime e está foragido. As informações foram divulgadas pela Polícia Civil. A reportagem tentou contato com Aquino, mas não teve resposta.
O delegado Thiago Nóbrega trata o caso como feminicídio e afirmou que, segundo as investigações, Suelen se mudou de Prudentópolis para Curitiba com medo de ameças que vinha sofrendo do ex-marido.
De acordo com o delegado, o ex-marido teve a prisão preventiva decretada por descumprir as medidas protetivas.
"Era um ex-marido que não se conformava com a separação e vivia ameaçando a ex-companheira", disse Nóbrega.
Segundo a polícia, Suelen foi morta com pelo menos cinco tiros. A arma utilizada no crime está com a polícia. A corporação apura se o ex-policial tinha o porte de arma.
Crianças viram mãe ser morta no 1º dia de aula
O crime foi por volta das 12h40, quando Suelen levava o filho de dez anos e a filha de oito para a Escola Municipal Donatila Caron dos Anjos, no Uberaba.
Segundo a polícia, as crianças foram matriculadas na escola na semana passada. Esta segunda-feira seria o primeiro dia de aula.
As imagens de câmeras de segurança registraram que o carro onde estava o assassino estava estacionado em frente à escola. Suelen aparece caminhando com os dois filhos, quando o homem sai do carro correndo em direção a eles.
Depois de uma discussão de pelo menos 40 segundos, o homem disparou contra a vítima. Suelen tinha 29 anos e morreu no local.
Após a morte da mãe, as crianças foram acolhidas pelo conselho tutelar. A Prefeitura de Curitiba informou que o Núcleo Regional de Educação acompanha o caso e que, apesar do ocorrido, os alunos ainda tiveram aulas nesta segunda.
