O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), através da 2ª Promotoria de Investigação Penal Territorial de Niterói, apresentou ao Tribunal de Justiça do Estado, nesta sexta-feira (16), a denúncia contra o empresário Victor Arthur Possobom pelos supostos crimes de agressão e tortura contra o enteado de 4 anos. Os procuradores pediram a prisão preventiva de Possobom.
Câmeras de segurança do condomínio onde a família morava, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, flagraram as agressões de Victor contra o menino na recepção e no elevador do prédio.
"Para a garantia da ordem pública, visará o magistrado, ao decretar a prisão preventiva, evitar que o delinquente volte a cometer delitos, ou porque é acentuadamente propenso a práticas delituosas, ou porque, em liberdade, encontraria os mesmos estímulos relacionados com a infração cometida", escreveu a promotora Renata Neme Cavalcanti.
Defesa alega problemas psiquiátricos
Em contato com a TV Globo, o advogado Daniel Aguiar, responsável pela defesa de Victor Arthur Possobom, disse que seu cliente sofre de transtornos psiquiátricos, e vem sendo submetido a tratamento.
"Tenho a esclarecer que meu cliente sofre de transtornos psiquiátricos, e vem sendo submetido a tratamento nesse sentido. Ele tem transtorno comportamental com alternância de momentos de euforia e comportamentos impulsivos. Ele faz uso de medicamentos de controle especial e exatamente no dia dos fatos, em razão de Sra. Jéssica (mãe da criança) ter tido, também um "surto" dizendo que iria tirar a própria vida, deixou-o em um estado de completa tensão emocional", dizia um trecho da nota da defesa do empresário.
Segundo o advogado, a ex-companheira de Victor Possobom também responde a processos criminais.
Novo pedido de prisão
Na última quinta-feria (15), a Polícia Civil já havia feito um novo pedido de prisão preventiva contra Victor Arthur Possobom, que aparece em imagens de câmeras de segurança esmurrando e sufocando o enteado.
O novo pedido de prisão, feito pela Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Niterói, é por violência psicológica contra a ex-companheira, a chefe de cozinha Jéssica Jordão. Ela é a mãe da criança e contou que também era agredida por ele.
Victor já tinha um outro pedido de prisão apresentado pela Polícia Civil e encaminhado à Justiça, por causa das agressões contra o menino. O episódio foi em fevereiro, mas as imagens só vieram a público esta semana.
Até a última atualização desta reportagem, a Justiça ainda não tinha se manifestado sobre nenhum dos pedidos.
Câmeras de segurança do condomínio flagraram as agressões na recepção e no elevador (veja acima). Em um sofá no lobby, Victor olha ao redor procurando testemunhas e sufoca a criança. Ao subir para o andar, o homem coloca a mão na boca e no nariz do menino. A criança fica imóvel.
G1