Evandro Martins, suspeito de matar a facadas o amante da esposa dele, se apresentou à Polícia Civil na manhã desta segunda-feira (8), em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná.
Conforme a polícia, ele apresentou a própria versão dos fatos e, após ser ouvido, foi liberado. A corporação não informou o que justificou a liberdade do investigado.
O homem é suspeito de esfaquear Clynton Moisés Lopes, de 31 anos, na quarta-feira (3). De acordo com a polícia, Clynton mantinha um relacionamento extraconjugal com a esposa de Martins.
Segundo a advogada Fabiana Irala de Madeiros, responsável pela defesa do investigado, Martins assumiu o compromisso de colaborar com as investigações de forma transparente e objetiva.
"O acusado segue profundamente abalado diante do inesperado e trágico desfecho dos fatos, os quais decorreram de um escalonamento provocativo que será esclarecido durante o inquérito policial, com o auxílio dos exames periciais e da oitiva de testemunhas", afirma a nota.
O crime
Segundo a Polícia Militar (PM), o crime aconteceu após o marido encontrar a esposa com o amante ao chegar em casa.
A PM informou que, inicialmente, recebeu uma chamada de violência doméstica, em que a mulher pedia socorro afirmando estar sendo agredida pelo marido. No caminho, uma nova solicitação relatava a possibilidade de homicídio no local.
"Quando a gente chegou, o rapaz estava caído, a mulher estava deitada ao lado dele, e de primeiro momento não conseguimos identificar o que era a real situação", disse o sargento Benjamim Ferreira.
Após ser acalmada, a mulher relatou aos policiais que mantinha um relacionamento extraconjugal com a vítima e que o marido havia descoberto.
Durante a discussão, segundo ela, houve luta corporal e o suspeito golpeou o homem várias vezes com uma faca. Clynton morreu no quintal da residência.
A mulher contou ainda que o marido tomou banho depois do crime e a obrigou a limpar a casa antes de sair dizendo que iria trabalhar. O carro da vítima também teve os pneus furados.
Equipes da Delegacia de Homicídios e da Polícia Científica estiveram na cena do crime, colheram provas e ouviram testemunhas. As investigações continuam.