Um tema importante foi tratado na Câmara de Vereadores de Francisco Beltrão na sessão da última segunda-feira (16). Vanessa Cenci usou a Tribuna para falar em nome da Associação Regional de Apoio às Pessoas com Fibromialgia, que é sediada em Beltrão. Além de discorrer sobre a atuação da associação e das dificuldades enfrentadas pelas pessoas acometidas pela síndrome, também apresentou alguns pleitos.
Um deles é que a prefeitura disponibilize acesso a hidroterapia (fisioterapia aquática), que é muito importante para quem tem o problema. Também profissionais de várias especialidades para acompanhar o tratamento. O município precisa acolher as leis estaduais e federais que reconhecem a fibromialgia como deficiência e fornecer a carteirinha de identificação das pessoas que, comprovadamente, tem o problema. Todos os pedidos receberam apoio dos vereadores.
A vereadora Aline Biezus, líder do Governo na Câmara, relata que uma das principais dificuldades é a falta de profissionais médicos, pois o município quer disponibilizar os atendimentos necessários, mas a falta de médicos gera dificuldades. O vereador Junior Nesi relata que no caso da hidroterapia, está em tratativa com a Unipar, que possui estrutura de piscinas aquecidas e está propensa a apoiar a causa, oferecendo a estrutura.
Através da Câmara de Vereadores foi instituído por lei em Francisco Beltrão o Dia Municipal da Fibromialgia, criado em 2019 por iniciativa do vereador Paulo Grohs. A data é celebrada em 12 de maio, e prevê uma série de ações do poder público. A lei garante preferência no atendimento nas empresas públicas e privadas e acesso a vagas preferenciais de estacionamento, dentre outros benefícios.
O que é Fibromialgia
A fibromialgia é uma síndrome de causas ainda desconhecidas. Ela provoca dores fortes por todo o corpo durante muito tempo, sensibilidade nas articulações, nos músculos e nos tendões. Isso acontece devido a uma alteração da interpretação dos estímulos recebidos pelo cérebro. Cerca de 3% da população mundial tem a síndrome e destas, 4,3 milhões de pessoas são do Brasil. Ela atinge de crianças até idosos, mas principalmente mulheres com idade entre 35 e 50 anos.
Vanessa relata que não existe cura e as pessoas precisam aprender a conviver com a dor. “Medicamentos e terapias alternativas ajudam, mas não resolvem. Por isso que todo apoio é importante para que possamos melhorar a nossa qualidade de vida para termos um convívio digno com a família, no convívio com a sociedade e no trabalho”, enfatiza.
Ascom