Professores, servidores e alunos da rede estadual do Paraná contrários ao projeto de lei que quer terceirizar a gestão administrativa de 200 colégios públicos realizam manifestação em Curitiba nesta segunda-feira (3).
Eles se concentraram na Praça Santos Andrade, no Centro, e depois caminharam até a Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), onde o projeto será avaliado em plenário à tarde pelos deputados estaduais. A tramitação ocorre em regime de urgência. Entenda abaixo.
O ato abriu o primeiro dia de greve da categoria, aprovada em 25 de março por tempo indeterminado.
Até a última atualização desta reportagem, não havia um balanço de quantos professores aderiram ao movimento grevista, nem quantos alunos estão sem aula no estado, que tem mais de 930 mil alunos.
Em nota, a Secretaria de Estado da Educação (Seed) disse que as aulas estão em andamento em mais de 87% da rede estadual. Ao g1, a pasta afirmou que orienta pais e responsáveis a enviarem "os filhos às escolas normalmente para que não haja prejuízo ao andamento regular do aprendizado".
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato) avalia que o projeto vai privatizar os colégios e interferir na gestão pedagógica, já que as empresas privadas trabalham por metas.
O Governo do Paraná nega, afirma que as mudanças só dizem respeito a parte administrativa e de infraestrutura, e diz que a gestão pedagógica será responsabilidade do diretor da rede estadual.
Nesta segunda, em coletiva, o governador Ratinho Junior (PSD) ressaltou que a greve é ilegal e, na avaliação dele, "teve baixíssima adesão". Sobre o projeto tramitar em regime de urgência, o governador afirmou que a medida foi necessária porque o governo tem prazos a cumprir antes implantar o modelo em 2025, caso seja aprovado.
G1PR