Da assessoria/Acefb – O vice-presidente da Associação Empresarial de Francisco Beltrão (Acefb) para Assuntos Agropecuários e Agronegócios, Caio Brito Santos, representou a entidade beltronense na sexta, 1º de setembro, no dia de mobilização regional “Crise do Leite”.
Encontro na Amsop reuniu prefeitos, vereadores, deputados da região, produtores de leite e representantes de laticínios e cooperativas com o objetivo de tratar sobre as dificuldades enfrentadas pelo setor que, recentemente, se agravaram ainda mais.
“Participaram representantes de todas as esferas da sociedade, demonstrando preocupação com esse momento do leite no Brasil. Uma das pautas debatidas foi a importação de leite que vem acontecendo. A importação sempre existiu, mas com uma trava máxima de 3% dentro do mercado nacional, número que não impactava tanto quanto esse de agora. Ano passado ficou em torno de 4,5% e em 2023 o índice está passando dos 15%. Esse aumento significativo impacta [negativamente] no nosso mercado interno, na nossa produção”, avalia Caio Brito.
Para Caio, o assunto não “pode morrer” em apenas um encontro e deve ser levado em duas frentes de trabalho, com políticas públicas que aconteçam as travas de importação de leite para o Brasil. “Deixar de importar 100% isso não vai acontecer, mas essa trava precisa ter para que consigamos criar políticas públicas para fomentar a atividade leiteira no Brasil com mais eficiência. Tudo isso precisa continuar sendo avaliado pelos gestores públicos”.
Da porteira pra dentro...
Além disso, Caio entende que é preciso criar políticas de subsídio dentro do mercado nacional. Em vez de subsidiar o mercado internacional com a diminuição de custos de importação, subsidiar sim a cadeia leiteira no Brasil. Outro ponto destacado por Caio é a parte que compete aos produtores de leite. “É o serviço para dentro das porteiras, pois os produtores têm a responsabilidade em aumentar a eficiência na produção de leite. Exemplo é a Acefb, que prega a boa gestão para as empresas associadas. É produzir leite com menor custo e maior volume, fazendo com que nosso leite seja competitivo, e não apenas esperar as políticas públicas no processo. Essa eficiência envolve não só os produtores, mas toda a cadeia leiteira, desde o revendedor de insumos até o vendedor do produto acabado lá na ponta”.