A segunda-feira (17) foi mais gelada do que o normal mesmo para a congelante região da Patagônia, na Argentina. Os termômetros da estação de Perito Moreno, província de Santa Cruz, registraram a incrível marca de 22,5 ºC abaixo de zero. O recorde de temperaturas mínimas no país é de -35 ºC, em 1991.
Em uma postagem na internet, o Serviço Meteorológico Nacional chegou a ironizar a situação dizendo que suas escalas de temperaturas chegam apenas aos -18°C.
Segundo a instituição, o frio extremo é resultado da ação de um ciclone extratropical no Atlântico sul, que influencia os ventos na Argentina.
Além disso, um centro de alta pressão sobre a Patagônia na madrugada desta segunda trouxe um resfriamento ainda mais intenso para a região.
Além da temperatura recorde para este ano, outros destaques foram registrados em Maquinchao/Rio Negro (-13ºC), Paso de Indios/Chubut (-11,7ºC) e em Calafate/Santa Cruz) (-10,5ºC). No total, 13 províncias estão em alerta amarelo devido ao frio.
A onda polar segue atuando no país até a próxima quarta-feira (19), quando as temperaturas sobem, podendo chegar à casa dos 20°C, agora positivos, ultrapassando os 24°C no fim de semana.
E Santa Catarina?
De acordo com a Epagri/Ciram, essa massa de ar polar deslocada pelo ciclone extratropical no Atlântico sul não deve afetar Santa Catarina, já que está bem distante da costa brasileira, influenciando apenas a fronteira do Rio Grande do Sul com a Argentina.
Por outro lado, uma nova frente fria deve chegar ao estado catarinense no começo da próxima semana.
Essa condição faz os termômetros despencarem e, combinada à nebulosidade vinda do oceano, pode criar o cenário perfeito para o aparecimento de neve em Santa Catarina, principalmente para a quarta-feira (26).
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