Talvez nem o mais fanático torcedor do Ampere acreditasse na permanência da equipe após o fim da primeira fase da Série Ouro. Nos 15 jogos, a Raposa venceu apenas um (Esporte Futuro Toledo), empatou dois (Acel e Pato) e perdeu 12. Segurando a lanterna com folga, a equipe do técnico Dalton Bacana conseguiu uma inesperada reação no quadrangular do rebaixamento. No torneio disputado entre os quatro piores do estadual — com Coronel, Dois Vizinhos e Mangueirinha — apenas o melhor colocado escaparia da queda. E o Ampere se safou. Sábado, 16, com apoio da torcida, celebrou a permanência com um triunfo por 3×2 sobre o Coronel. Nos seis jogos que disputou, venceu cinco e perdeu somente um.
“Todos sabem do nível da Série Ouro. É difícil, competitiva, e neste ano foi mais forte, ainda. Faltando poucas rodadas tinha equipe da Liga Nacional, com investimento grande, caso do Foz e da Acel, correndo o risco de participar do torneio da morte. Não é que reagimos só na reta final. O grupo era reduzido e tivemos lesões de alguns atletas. Em vez de colocá-los 60% num jogo, priorizamos que se recuperassem totalmente”, diz Dalton, que está no cargo desde a Série Prata de 2018 — é o mais longevo entre os treinadores da principal divisão.
Em 2025, será a sétima temporada seguida da Raposa no estadual mais complicado do Brasil. O clube integrou a elite entre 2014 e 2015. No ano seguinte disputou a Série Bronze e nos seguintes a Prata, até retornar à Ouro, em 2019. Nunca foi rebaixado.
Quadrangular do rebaixamento – Classificação final
● 1º – Ampere – 15;
● 2º – Coronel – 12;
● 3º – Dois Vizinhos – 9;
● 4º – Mangueirinha – 0.
JdB